Na trama, Jack Nicholson vive Jack Torrance, um escritor em ascensão que aceita uma proposta de trabalho para ter algumas semanas de paz e finalizar seu romance. Ele leva sua esposa Wendy (Shelley Duvall) e filho Danny (Danny Lloyd) para um mês no Hotel Overlook para uma temporada como zelador, onde ele cuidará do local durante o inverno, que é rigoroso na região.
Antes de aceitar o trabalho, Jack é avisado pelo responsável de que uma tragédia havia ocorrido no local, onde o zelador assassinou sua esposa e filhas após um período de Cabin Fever (uma síndrome que acomete pessoas enclausuradas juntas por muito tempo, fazendo com que se revoltem umas contra as outras).
Durante a primeira hora, fica aparente que Danny, filho de Jack, possui habilidades de se comunicar com seres que não estão presentes e ter visões. Ele é apelidado pelo cozinheiro do hotel de "shining" (ou iluminado), sendo que os dois possuem poderes.
Durante a trama, Jack vai se transformando um um homem cada vez mais bruto e misterioso. Essas transformações de personagens sempre me surpreendem, seja em algum seriado ou filme. E Stanley Kubrick faz isso majestosamente, ainda contando com a ótima interpretação de Jack Kicholson.
Com ângulos de câmera extremamente inovadores para a época e flashes misteriosos, marcas registradas de Kubrick, o espectador é apresentado à atmosfera maligna da casa, sempre com um ar de que ainda há muito para ser revelado. Logo, Jack se vê em realidades que não pertencem a atual com festas ocorridas no passado da casa, enquanto Danny é assombrado por visões das irmãs mortas nos corredores e ataques no misterioso quarto 237.
A trama se desenvolve de forma inovadora, sendo que é fácil imaginar como tudo vai terminar de uma forma já explorada pelos filmes de terror. Mas o hotel reserva surpresas até o último minuto, em um clímax tenso e com cenas chocantes que não deixam o espectador piscar até chegar a conclusão. Como é habitual nos filmes de Stanley Kubrick, a última cena deixa a maior lacuna de todas, que apenas acrescenta mais uma dezena de questões na mente de quem assiste.
O filme caracteriza-se como um ótimo terror psicológico, já que não temos várias mortes acontecendo em sequência nem monstros desfigurados perseguindo os personagens a esmo. A história é muito bem estruturada de forma gradual e com uma velocidade que nos permite capturar inclusive as mínimas nuanças das mudanças na personalidade de Jack. Ao longo do filme, percebe-se que ele não é mais aquele escritor que ama sua família que conhecemos na introdução. O importante são as imagens, os silêncios e, principalmente, a trilha sonora, que cria uma ambientação assombrosa ao Hotel Overlook.
O Iluminado, mesmo com suas várias alterações na trama original, um livro de Stephen King, tornou-se um marco do cinema e hoje é considerado uma das obras primas de Stanley Kubrick, com atuação, produção e ambientação de terror que não se vê em produções atuais.
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